quinta-feira, junho 30, 2005

Momentos de silêncio

Se souberes compreender os momentos de silêncio, escusas de procurar as palavras certas.

terça-feira, junho 28, 2005

I'm just a fish living in a fish bowl...

segunda-feira, junho 27, 2005

Lágrimas...

Esvazia a tua alma
dessa imensidão absurda
que de tanta grandeza que emana
apenas transparece o vazio.
Deixa as lágrimas escorrerem,
deixa-as percorrer o seu caminho
e cumprir o seu destino.


(1999)

quarta-feira, junho 22, 2005

Um dos prazeres da vida!

O silêncio vem e passa...

A desordem das palavras perturba-me
e nesta ausência sinto cansaço!
Decido então, permanecer em silêncio,
tentando cair em esquecimento.
Mas o silêncio vem e passa...

Necessidade de escrever!!!!

Senti necessidade de escrever, mas fui enganada pelas minhas próprias palavras!

Palavras essas que não fazem sentido, ambíguas por natureza.

segunda-feira, junho 20, 2005

Poesia

"A generosidade da poesia está na liberdade que as palavras conquistam, para dizerem apenas o que nos apetece ouvir. "

Isabel Stilwell

quinta-feira, junho 16, 2005

Sem que as palavras me façam sentido
e sabendo a intenção desta mensagem
em nada me esforço por satisfazê-la.
E simples é o facto de estar presente
em face de uma virtude fechada
que estremece de tanta ansiedade.
Sentir-me presa ao mais insignificante
partindo de um vazio imensurável
que me parece sem qualquer orientação.
E ser-se parceira desse olhar
embebido em incertezas ocultas
que apenas perturbam o meu bem-estar.


(1999)

quarta-feira, junho 15, 2005

Sem comentários...




"Na Índia, onde dezenas de pessoas já morreram na sequência da onda de calor que assola o país - e que eleva as temperaturas aos 47 graus - duas crianças tentam encontrar água no que agora se assemelha mais a um deserto"

Descobri...

Descobri por mero acaso,
e sem nunca me ter apercebido de tal facto,
que apesar do meu empenho em enobrecer as minhas palavras,
estas se perderiam com o tempo!

Adeus

"Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertamos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastamos as palavras.
Quando agora digo: meu amor
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus."

Eugénio Andrade - Poemas 1945-1965, 3ª ed. (1971)

segunda-feira, junho 13, 2005

O dourado dos campos, o aroma que floresce da terra,
toda a serenidade envolta no céu, transmitem tranquilidade.
O sol espelha a sua imagem nas ondas do mar
e o brilho que daí renasce
ofusca os meus pensamentos.
Estou em paz, num sossego inquietante...
suspeito por si só!
A calmaria do povo, a serenidade da natureza
toda ela dourada pelo sol,
reflectem um sonho distante.
Escuto os sons da terra, observo as mensagens das nuvens e penso...
Estou em paz, num sossego inquietante...
suspeito por si só!
O vermelho intenso do céu, símbolo de um grande amor,
vai espairecendo no tempo.
E o sol parte em direcção ao horizonte,
seu destino de outros tempos,
deixando a sombra encobrir o dourado,
que até então aquecia o meu coração.
Estou em paz, num sossego inquietante...suspeito por si só!


(Agosto 2004)

As palavras

"São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.

Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.

Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.

Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?"

Eugénio de Andrade

domingo, junho 12, 2005

Tempo!!!

Sem destino certo, vejo os minutos passarem no tempo,
aproveitando cada momento em pleno contentamento.
E ao ritmo do "tic-tac" do meu relógio,
ouço as horas passarem sem pressa de alcançar o futuro.
Num compasso incerto, vivo um dia de cada vez,
acompanhando o sentido dos ponteiros do relógio.
E os meses vão passando despercebidos,
agora que mais um ano termina!
E em cada segundo que passa,
aumenta a saudade que abraça todo o tempo perdido!

(2004)

terça-feira, junho 07, 2005

Porto!

"(...) Porto da minha infância!
A primeira impressão que me causaste
Tenho-a, cheia de espanto, na memória,
Cheia de bruma e de granito!
É uma impressão de inverno,
Sombra cinzenta, enorme, donde irrompe
Alto cipreste empedernido,
No meio de sepulcros habitados. (...)"

Excerto de um poema de Teixeira de Pascoaes (poeta e pensador do início do século XX)

segunda-feira, junho 06, 2005

Emudeci...

Emudeci neste momento singular sem que as palavras enaltecessem o seu verdadeiro valor. E o silêncio apoderou-se de mim, sem remorsos nem pudor.

domingo, junho 05, 2005

Loa ao Porto

"Que impulso de dizer-te pátria, Porto:
O corpo amuralhado de granito,
Cabelo d'água, à névoa, ao vento, exposto,
Face esculpida em grito.

Braços de ferro, arqueados, desmedidos,
Sobre o fluir dos barcos e do barro.
E um rumor antigo
Na voz das tuas ruas e mercados.

Vestes de escuro e enfeitas-te de luzes
Antes do Sol perder seu oiro pálido.
E das torres com sinos e com cruzes
Acenas ao mar largo.

Bulícios de cafés (há mais de mil)
Entornam-te nas veias graça e fogo.
E o lírico torpor dos teus jardins
Suspiros e repouso.

Que impulso de dizer-te pátria, Porto:
Coração, não de Pedro, mas de pedra
Com sangue fértil, vinho generoso
A gerar alma e terra."

António Manuel Couto Viana

quinta-feira, junho 02, 2005

Após uma queda...

Após uma queda, a melhor maneira de seguir em frente, é olhar para trás e saber que crescemos. O mundo que nos rodeia é o mesmo, nós é que aprendemos a vê-lo de um ângulo diferente. Fica apenas a saudade, que é um meio de recordarmos os bons momentos passados!

Mensagem para um amigo!

Dou-te a ti porque sei que me davas a mim!

Pequenos gestos...

São os pequenos gestos que fazem de nós grandes pessoas!

quarta-feira, junho 01, 2005

Dia Mundial da Criança!

"Quando crescer, quero ser Criança!"

Porquê?

"Se as coisas são feitas para serem usadas e as pessoas para serem amadas, porque amamos as coisas e usamos as pessoas?"