Férias...

Durante a minha ausência, as palavras continuarão à solta!
Boas férias...

Atentados!

O medo e a desconfiança são hoje a sombra que nos acompanha noite e dia!

(Novos atentados em Londres)

Quebrei o silêncio

Quebrei o silêncio, mas fiquei sem palavras!

Ausência de palavras.

Sem olhar para trás, senti a tua presença.
A tua sombra carregava o silêncio
e sem dizeres uma palavra, compreendi!
Tentei virar-me, mas o teu silêncio impediu-me.
Permanecemos assim, na ausência de palavras!

Mais um fim de tarde... Até manhã!

Porto de abrigo.

Penso que hoje aprendi
que mesmo na ausência dessa dor
tenho presente na minha memória
o desgosto de uma perda incalculável.
Sinto que deixei passar por entre os dedos
uma onda do mar, que se perdeu com tanta imensidão.
Luta feroz contra a maré em busca do seu porto de abrigo.

(2000)

Chamei por ti!

Sabias que ontem chamei por ti e não respondeste?
Aguardei em vão a tua resposta, mas fiquei ali à espera.
Ouvi ao longe o eco da minha voz embatendo em cada esquina, à espera de uma manifestação tua.
Mas não te dignaste a responder!

As palavras são exíguas...

Por vezes, apenas na companhia das minhas palavras, contemplo o tempo que passa...
Mil ideias me passam em euforia, mas as palavras são exíguas perante a sua dimensão.
Vou compondo essas palavras em folhas de papel, mas o rasto deixado pela tinta vai-se esbatendo pelo tempo fora!

Imaginando...

Imagino-me sentada nesse muro de pedra,
com o vento a acariciar-me os cabelos
e o sol espelhado nos meus olhos.
Consigo até, escutar a conversa da criança sentada perto de mim,
recitando palavras inocentes que lhe vão no pensamento.
Sinto a brisa do mar e guardo essa memória
com a esperança de a voltar a ver em breve!

Revolta...

Sinto revolta perante a injustiça do mundo. A inocência foi mais uma vez sacrificada em nome de uma alegada verdade!

(Atentados em Londres)